Quinta-feira, 15 de Março de 2007
Publicidade dadá (3)
Contam-me que o Pedro Bidarra esteve algures no 2º Canal a perorar mais uma vez sobre a supostamente genial ideia de apresentar Portugal como sendo "Europe's West Coast". Não sei se lhe deram tempo para explicar a sua outra estratégia para acabar com a lusa tristeza: mudar a nossa bandeira.
Eis o pensamento publicitário em todo o seu duvidoso esplendor: para ter um grande produto, não é preciso mudá-lo, pois isso são coisas complicadas e fora do alcance de mentes deformadas por décadas de pensamento em forma de slogans. Basta fazer um novo logotipo, uma frasesita estilosa para o acompanhar e já está!
Que West Coast só seja sinónimo de progresso e avanço para os americanos é coisa de somenos. Que nada diga de bom a europeus, africanos, australianos, etc, é pormenor a ignorar. Que isto não seja a Califórnia, também o publicitário ainda não percebeu. Que um slogan  é absolutamente irrelevante para a identidade de um país ou para a ideia que dele os estrangeiros fazem... eis outro pormenor que por certo não fazia parte do briefing.


publicado por Luis Rainha às 13:10
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Publicidade dadá (2)


Mais um resultado da incursão das Produções Fictícias na publicidade. Julgo que tem o mérito inegável de ser bem pior que a da Super Bock. Dá mais a ideia de ser uma rábula contemporânea do período áureo do Raul Solnado, só que sem qualquer espécie de punch line. O Big devia ter-se mantido no mundo virtual. A gastar dinheiro desta forma ridícula, não convencerá ninguém das suas capacidades de gestão do dinheiro alheio...



publicado por Luis Rainha às 12:50
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Quarta-feira, 14 de Março de 2007
Publicidade Dadá


“- Pai: gosto muito de ti.
- Daqui até à Lua?
- Não. Daqui até à Bosch.
- Até à Bosch??
- Sim! Até dia 19 de Março vá a uma oficina... Blábláblá”
Isto é o começo do mais recente spot de rádio de uma rede de oficinas. A coisa passa na TSF mas não chega a lado nenhum: até à Lua porquê? Que faz ali uma criancinha? E porque quer ela ir com o pai à Bosch? Tremo só de pensar nas respostas.

Querem mais? Tomem lá este título de cartaz:
“70% dos médicos recomendariam Becel-nãoseiquê para reduzir o colesterol”.
“Recomendariam”? Se soubessem que aquilo existe? Se o produto não fosse tóxico? Se não tivessem já sido pagos pela concorrência? Esclareçam-me, caramba!

Mas o lugar de destaque nesta resumida galeria de horrores publicitários é por direito próprio e inalienável da nova campanha da Super Bock Sem Álcool. Antes uma semana entregue aos horrores do delirium tremens do que um dia na companhia destes spots execráveis com o comediante mais gasto e mais sem graça de Portugal. Isto só pode ter sido concebido por gente de ressaca e pago por autistas endinheirados.



publicado por Luis Rainha às 16:28
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Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2007
Intervalo para compromissos publicitários


Estou capaz de jurar que há pelo menos um decisor na campanha do PS que deseja ardentemente a vitória do “Não”. Não se lobriga outra explicação para os cartazes que o partido tem vindo a afixar, indo de mal a muito pior. “O aborto é uma vergonha nacional”, clama o último. E então? Se calhar, está todo o país de acordo; mesmo os senhores do “Não” têm vergonha do aborto (e prefeririam mantê-lo escondido, claro). Não seria melhor incitar os votantes a fazer alguma coisa, por exemplo votar “Sim”? Qual será a função de um cartaz que se limita a confirmar as ideias do receptor, sem qualquer desafio ou interpelação?
Os senhores do “Não” aprenderam a lição. Depois de vários cartazes tão fracos quanto demagógicos, lançaram agora esta dramática peça, igualmente demagógica mas muito boa em termos de comunicação. Aqui, há um apelo claro ao voto, com um argumento emocional fortíssimo. Não se vê em que é que a vitória do “Não” iria salvar os milhares de fetos que todos os anos são abortados com ou sem despenalização, mas isso já tem a ver com honestidade, não eficácia.



Por seu lado, o PCP continua a apostar numa “estética” ultrapassada e solipsista: o friso de mulheres de diversas idades, com um cravo por adereço, remete a questão para o movediço território das reivindicações feministas, do “no meu corpo mando eu”. Justamente a última coisa que devia ser lançada para a arena da campanha, quando o adversário anda a apelar aos votantes para salvarem vidas. E "agora sim", porquê? Antes não podia ter sido?



publicado por Luis Rainha às 17:43
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Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2007
Intervalo para compromissos publicitários (5)


Há um referencial inegável nesta campanha: António Aleixo. Sucedem-se as riminhas bizarras, sem tino nem sentido. E não seria mais sensato dizer alguma coisa, em vez de fazer perguntas crípticas?


publicado por Luis Rainha às 17:35
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Intervalo para compromissos publicitários (4)


Deste, também por razões egocêntricas, gosto. Mas não consigo deixar de notar, desde o último cartaz do BE, uma certa subida de tom, um inequívoco acréscimo de dramatismo. Só espero que seja mesmo apenas por resposta ao adversário e não sinal de nervoseira...


publicado por Luis Rainha às 13:12
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Intervalo para compromissos publicitários (3)


Para o meu amigo Armando Lopes, segue o prémio para o melhor logotipo de movimento cívico activo neste referendo. De caras.


publicado por Luis Rainha às 12:28
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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007
Intervalo para compromissos publicitários (2)


Será que ninguém repara que este cartaz não fala do referendo em curso? Nesta pícara riminha de pé-quebrado, questiona-se sim uma posição genérica face ao aborto, sendo ele legal ou não. Só não entendo porque não se deram à maçada de afixar a coisa antes, para dissuadir os milhares que já se sujeitavam anualmente a abortos clandestinos.
Pode estar muita coisa em jogo neste referendo, mas isto é claro: hoje em dia, o aborto já é "a pedido". Só não aborta quem não quer.



publicado por Luis Rainha às 18:18
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Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2007
Intervalo para compromissos publicitários (1)


Cartaz propositadamente ao lado do que se vai votar no dia 11. Já nem vale a pena retorquir com as despesas causadas pelas vítimas de abortos mal feitos ou auto-induzidos. Mas consigo imaginar toda uma linha de cartazes similares: “Os meus impostos a pagar curas de desintoxicação?” , “Andavas sem cinto? Cura-te à tua conta”, “Não financio vaidades: bandas gástricas fora do SNS”, etc, etc, etc.



publicado por Luis Rainha às 18:15
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