Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2007
A imagem que faltava ao dia dos namorados


Assim começa o bailado celular entre um linfócito e o VIH, a parada nupcial entre a morte e a vida. Na imagem, captada agora pela primeira vez, o ainda terno "aperto de mão" químico pressagia o ataque fatal. Mas dá também pistas aos investigadores sobre as debilidades do vírus. E faz um belo boneco.

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publicado por Luis Rainha às 16:18
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10 comentários:
De afixe a 15 de Fevereiro de 2007 às 18:11
Porque é que tem as cores da bandeira de Portugal? E porque é que se assemelha a um cravo?


De Luis Rainha a 15 de Fevereiro de 2007 às 19:41
A cor presumo que seja simulada. Um cientista que não gosta muito de Portugal, presumo. Quanto a isso do cravo, já é obsessão tua.


De py a 16 de Fevereiro de 2007 às 14:08
mas quem é quem ali?


De py a 16 de Fevereiro de 2007 às 14:11
bem acho que o vermelho deve ser o linfócito, que vai papar o vírus e sai papado. Mas aquelas tirinhas verdes com setas são suspeitas.


De Luis Rainha a 16 de Fevereiro de 2007 às 15:11
Pilinhas?


De py a 16 de Fevereiro de 2007 às 15:29
Tá certo, encaixo! . )

(já percebi: aquilo é um artefacto computacional, as tiras com setinhas são as "strands" de RNA com a indicação da direcção de tradução - ora nenhum vírus confessa essas intimidades...., a não ser sob tortura)


De Luis Rainha a 16 de Fevereiro de 2007 às 16:06
Mas é uma boa questão: até que ponto a busca de imagens "impactantes" não leva à destruição da sua inteligibilidade científica...


De py a 16 de Fevereiro de 2007 às 19:00
olha afinal é assim (do Público online):

A imagem poderá tornar-se histórica. Mostra pela primeira vez, com uma nitidez atómica, a ligação entre dois inimigos: uma proteína do vírus da sida (HIV) - a famosa gp120 - e um raro anticorpo com provas dadas para neutralizar o HIV.

A proteína gp120 é como uma chave que abre ao HIV as portas das células do nosso sistema imunitário, ao encaixar-se nos receptores CD4 destas células. O anticorpo, chamado b12, é especial: encontra-se só no sangue de pessoas que sobrevivem há muito tempo com o vírus da sida no corpo.

Mas o que é que o anticorpo tem de diferente? Por que é mais eficaz face às artimanhas do vírus? A equipa de Peter Kwong, dos National Institutes of Health (NIH), EUA, que publica hoje os seus resultados na revista Nature, conseguiu finalmente responder a esta pergunta com imagens como esta espectacular fotografia 3D, obtida por cristalografia de raios X.

Primeira conclusão: o anticorpo b12 (a fita verde) liga-se à proteína gp120 do HIV (a vermelho) no mesmo local (a amarelo) onde se estabelece a primeira ligação do vírus com os receptores CD4. Ou seja, o alvo do anticorpo b12 é uma parte do HIV que se encontra particularmente vulnerável na altura em que o vírus ataca novas células.

Mas, ainda mais importante, é que a ligação com o anticorpo b12 deixa a proteína gp120 inalterada, podendo impedir o HIV de fintar o sistema imunitário. Há muito tempo que os especialistas procuravam um ponto fraco do HIV: uma região exposta e invariável do seu invólucro. "Esta é sem dúvida uma das melhores pistas [para o desenvolvimentos de vacinas contra o HIV] dos últimos anos", diz Gary Nabel, um dos elementos da equipa, citado por um comunicado dos NIH.


De py a 16 de Fevereiro de 2007 às 22:43
"com imagens como esta espectacular fotografia 3D, obtida por cristalografia de raios X.", mesmo assim não me venham com tretas, aquilo tem um artefacto matemático de mistura. As "strands" são agora de aminoácidos mas com setinhas, hmm!

Pode ser que o afixe saiba disto.


De Luis Rainha a 16 de Fevereiro de 2007 às 22:52
Fotografia... pois sim.


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