Se quiserem saber porque já ninguém compra ou lê o DN, estando este remetido ao fruste papel de embrulho das maravilhas governativas, podem ler a última crónica de Vasco Graça Moura. Um excerto: "É evidente que a oposição não olha a meios e põe sistematicamente os seus interesses à frente dos interesses de Lisboa. E também é evidente que o presidente da câmara faz exactamente o contrário". Outro: "O que está em causa é aniquilar a maioria do PSD, dê lá por onde der!" Assim mesmo. Ignorando escândalos, dissimulações, acusações entre laranjinhas e entre estes e a vereadora centrista, etc, etc, etc. Não: quem está mal é mesmo a oposição.
Enquanto persistir em vender como "opinião" estes fretes mal amanhados, estas cuspidelas partidárias sem tino nem graça, não há jornal que sobreviva.
Nos intervalos da poesia, o VGM sempre foi um verdadeiro energúmeno da escrita. Quanto ao DN, a machadada final na sua credibilidade começou no tempo do Resende, despedido da direcção e empurrado para administrador do grupo proprietário do jornal, que conseguiu dar guarida a indivíduos da estirpe de um Luís Delgado e de um António Ferreira, grandes paladinos da bondade da agressão injustificada ao Iraque e da espectacular retoma económica empreendida pelos governos PSD de então.
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