Barbara Kruger - Untitled, 1989
Agora que já passou o Dia da Mulher, posso dizer sem receio de (muitas) represálias, que concordo com o
Rodrigo. Mas acho que ele, de forma atípica, não foi ao fundo da questão. Passa-se sim que as mulheres dos dias de hoje só parecem ter dois
chips para regular a sua sexualidade: o módulo "Gaja" e o módulo "Senhora". Enquanto se ocupam da conquista de território virgem, da perseguição das hordas inimigas em debandada e da posterior pilhagem da população ocupada, a liberdade dada às tropas é total. A "Gaja" é sexualmente ousada, imaginativa e dotada de considerável poder de iniciativa. Parece por vezes insaciável e quase maníaca na busca de surpresas e novas fronteiras.
Depois, vem a fase de consolidação do poder recém-adquirido. Estando o inimigo cativo, desarmado e à sua completa e abjecta mercê, a mulher trata de se reprogramar com o módulo "Senhora". E lá se vão a ousadia, a ferocidade, o pulsar do sangue nas têmporas com escasso juízo. É que uma senhora não faz "essas coisas" nem se comporta "assim".
Depois, lá nos juntamos nos, homens submissos e desapontados, em manadas junto a balcões fumarentos, comentando que "aquilo já não é nada como ao princípio". Não é nem tem nada que ser: a mulher, uma vez segura dos domínios conquistados, tem mais onde empregar a sua energia do que em cabriolas entre lençóis. Zelar pela propagação saudável da espécie e aturar os calões dos homens são tarefas bastantes para as consumir por inteiro.
De
Jorge a 11 de Março de 2007 às 02:15
Não digas às gajas (nem às senhoras), mas connosco passa-se quase o mesmjo. Quando a coisa entra no ramerrame, deixa de ter tanta piada e começa-se a lançar olhadelas cobiçosas aos pares de redondezas que passam por perto.
Na verdade, cada um (e cada uma) deve se como cada qual. Mas a minha parca experiência diz-me que isso do ramerrame começa sempre do lado da "addversária"...
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