Baudrillard gostaria por certo de ter lido esta
entrevista: o "Marcola" do PCC fala-nos em directo do tal "centro do Insolúvel".
"A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em 'seja marginal, seja herói'? Pois é: chegamos, somos nós!!"
"Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, Internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo."
Arrepiante.
PS: levado ao engano pela fonte, pensei que se tratava de entrevista real, quando se trata sim de uma crónica de Arnaldo Jabor. Feito o reparo, uma palavra para os amigos
Insurgentes: conseguem explicar-me porque é que esta entrevista seria "conveniente" para "a esquerda"? Fosse do traficante ou do cronista, seria sempre um bom exercício de estilo e uma ficção cuidadosamente elaborada.
So what?